Crianças Selvagens

Neste contexto é essencial falar sobre as crianças selvagens. Esta designação é atribuída a uma criança que cresceu e se desenvolveu isolada da humanidade,longe dos modelos humanos e das relações sociais. Observar estas crianças mostra-nos a importância das interações com outros seres humanos para a aquisição de saberes básicos, incluindo competências linguísticas, cognitivas, afetivas, sociais e culturais. Existem 3 tipos de crianças selvagens que são:

  1. As que sobreviveram sozinhas;
  2. As criadas por animais;
  3. As que cresceram enclausuradas.

Ao clicar nestes botões iremos explorar cada uma destas situações em casos verídicos e distintos, para entender melhor as consequências que estas crianças selvagens sofrem.

A maioria destas crianças, quando recolhidas, apresentavam ausência total ou parcial da fala e de bipedismo, sistemas de comunicação baseados em sons de animais, acentuada dificuldade de interação. Nestes casos, é evidente que a socialização, a individualização, a identidade social e a construção da consciência de si mesmos, foram gravemente comprometidos. 

A linguagem e as relações interpessoais são fatores centrais no processo de construção da identidade e da consciência de si e a sua ausência repercute-se numa deformação das capacidades de autorreconhecimento e autoconsciência, que são dois elementos essenciais na forma como sentimos, pensamos, nos auto-organizamos e atribuímos significado às nossas experiências.

Podemos concluir com a observação de que estas crianças são um bom exemplo de que não basta a herança genética para nos tornarmos humanos.

A Natureza deu-lhes a herança genética que as tornou crianças humanas, com traços físicos, mas o meio não as estimulou para serem parecidas aos Homens, no comportamento, nas reações, no sentimento.

Não nascemos humanos, mas tornamo-nos num!


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