Anorexia/Bulimia
Os distúrbios alimentares são as doenças mentais que causam distúrbios sérios na dieta diária de uma pessoa. Pode manifestar como comendo extremamente pequenas quantidades de alimento ou severamente comendo demais. Os distúrbios alimentares quando manifestados em uma idade nova podem causar o prejuízo severo no crescimento, na revelação, na fertilidade e no bem estar mental e social total.
Os distúrbios alimentares podem afectar homens e mulheres e são ligeiramente mais comuns entre mulheres. Frequentemente estas desordens começam durante a adolescência ou a inícios da idade adulta, mas podem igualmente ocorrer durante a infância ou bem mais tarde.
A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar caracterizado por uma distorção da imagem corporal, com um medo extremo da obesidade e a incapacidade em manter um peso mínimo normal dentro dos 15% do peso corporal ideal.
Os pacientes com esta patologia têm a percepção de que estão gordos, quando na realidade se encontram extremamente magros.
Para ficarem magros recorrem a dietas restritivas que resultam em perdas de peso abaixo de 85% do que seria esperado, ou a valores de índice de massa corporal (IMC) abaixo de 17,5 kg/m2 com impacto a nível físico, podendo haver queixas de obstipação, dor abdominal, amenorreia, fraqueza e intolerância ao frio.
A nível psicológico é frequente a manifestação de sintomas como tristeza, baixa autoestima, autocrítica, isolamento social, irritabilidade, ansiedade e insónia. A nível comportamental é bastante comum que haja situações de ocultação de alimentos, simulação de refeições e uma recusa ou preocupação excessiva em alimentar-se em público. Normalmente, estes pacientes negam a sua condição, colocando em causa o acesso ao tratamento.
A bulimia nervosa é outro distúrbio alimentar potencialmente grave que se caracteriza pela ingestão às escondidas de grandes quantidades de comida, seguidas da indução do vómito. Noutros casos, procura-se compensar a ingestão excessiva de calorias com níveis demasiado intensivos de exercício ou recorrendo a diuréticos e laxantes. A apetência para expelir os alimentos pode tornar-se de tal modo intensa que é induzida mesmo após uma refeição ligeira.
Após os episódios de ingestão compulsiva, os pacientes tendem a sentir-se culpados e ansiosos por não terem sido capazes de controlar a sua impulsividade. A sensação de fome como é sentida de forma aversiva leva a que estes comportamentos compulsivos sejam vividos com extrema vergonha o que poderá gerar a sua ocultação.
A bulimia nervosa pode ser do tipo purgativo, quando o paciente induz regularmente o vómito ou usa laxantes, diuréticos ou enemas, ou do tipo não purgativo, quando o paciente utiliza outros comportamentos compensatórios tal como jejum ou exercício físico excessivo.
Estes pacientes são extremamente rígidos com a sua imagem corporal e com a gestão do seu peso. É bastante comum que estes pacientes tenham pensamentos recorrentes sobre comida e que possuam um ideal de magreza extremamente rígido.
A minha experiência:
Já passei por uma depressão que me levou a ter comportamentos como os que descrevi na anorexia nervosa. Eu recusava comer, mas quando o fazia, colocava sempre pequeníssimas porções no prato. Passava horas sem comer e praticava muito exercício físico. Isso deu cabo da minha saúde, mas já recuperei!
Acordava e ia direitinha para cima da balança. Cheguei a emagrecer quatro kilogramas em menos de uma semana. Como é óbvio, estava sempre muito fraca, mas exigia emagrecer mais e mais. Não tinha mesmo consciência do meu estado físico e emocional.
Estava numa daquelas fases complicadas da adolescência, mas já passou e agora consigo olhar para trás e perceber que era errado.
É por isso que venho recomendar a todos vocês a colocarem um papel no espelho, com palavras vossas do quão lindos e incríveis vocês são. Essa foi uma das sugerências que o psicólogo me deu naquela altura e confesso que resulta. Recorda-me todos os dias de que não preciso de deixar de comer porque estou perfeitamente saudável e feliz com o meu corpo.
Em resumo, é extremamente importante estarmos sempre saudáveis e evitar levar-nos a casos extremos como estes, pois são muito prejudiciais, em todos os níveis!