A Vida a Cores

A série documental A Vida em Cores com David Attenborough explora as muitas maneiras pelas quais os animais usam as cores ao longo de suas vidas, seja para escapar de um predador, para caçar e outras formas encontradas por eles.

Em três episódios, ficamos a saber como é que a pigmentação contribui para a vida animal, do laranja e negro nos tigres-de-bengala às cores garridas das rãs Dendrobatidae. Aqui, a tecnologia permite que se vejam as cores tal como os animais as vêem. E são bastante distintas. É esse o apelo de A Vida em Cores, que obrigou a desenvolver material de rodagem propositadamente para o projecto. Em vez de criar falsas expectativas sobre a vida selvagem, e a sua alegada condição de Natureza intocada, esta co-produção da Humble Bee Films e da SeaLight Pictures para a Netflix coloca-nos do lado dos bichos.

Por outro lado, é mais um capítulo na história de perseverança de David Attenborough. Apesar de ser um nonagenário já entradote, o naturalista recusa-se a ser um isco destes programas. A emprestar-lhes o nome e o prestígio, narrando-os de cadeira. Continua a viajar pelo planeta. Em A Vida em Cores, desloca-se à vizinha Escócia, para uma visita às Terras Altas, submete-se a uma viagem intercontinental até às florestas tropicais da Costa Rica. É nessas incursões que nos ajuda a perceber como é que as alterações climáticas estão a mudar as cores que os animais percepcionam e que impacto é que isso pode ter nos ecossistemas, enquanto nos mostra sinais UV emitidos a partir de asas de borboletas ou estranhos padrões escondidos nas penas dos pavões. Tudo a acontecer num campo visual invisível aos nossos olhos - de resto, como sabemos, é aí que está o essencial.


Bibliografia: (clicar para ver)

Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora